Criação de empregos deve voltar em 2017

04/05/2017 21h24 - Atualizado em 07/05/2017 16h14

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, informou nesta quinta-feira (4) que a criação de empregos deve voltar a crescer ainda neste ano. "Já no segundo semestre nós esperamos ter um crescimento do emprego", afirmou. "A preocupação com o desemprego é de todos, agora vai diminuir".

O ministro ressaltou que, no meio da crise econômica, "o emprego demora um pouco mais" para reagir na comparação com outros indicadores. "O país precisa crescer para que possa diminuir o desemprego".

A declaração aconteceu em um evento do setor de supermercados realizado em São Paulo.

O ministro também anunciou que a economia "já está crescendo" novamente. "A nossa previsão é que o país cresceu no primeiro trimestre 0,7 a 0,8%. A nossa previsão para o crescimentos no ano, comparando o final do ano com o começo do ano, é 2,7%".

Reforma da Previdência

Meirelles voltou a defender a reforma da Previdência, que está em fase de aprovação em plenário na câmara dos deputados.

"A reforma da Previdência diminui o ritmo de crescimento das despesas públicas, deixa mais recursos portanto para o setor privado. E isto é refletido portanto por mais recursos disponíveis para o consumo e para o investimento, além de aumentar o nível de confiança na economia brasileira, o que é fundamental".

Meirelles comentou ainda os protestos contra as reformas propostas pelo governo, especialmente a da previdência. "Se eu não tenho muita informação, alguém chega pra mim e me diz que vai me tirar um direito eu não gosto, fico bravo", informou. "As pessoas estavam tendo a informação que está sendo transmitida por diversos meios, especialmente mídia social, de que há retirada de direitos. Então, é uma questão de completar a informação, que é o que estamos tentando fazer".

"De fato, a pessoa vai ter que se aposentar numa idade em média um pouco maior. No entanto, é importante dizer que o maior direito que tem que ser preservado é o direito a segurança de que vamos receber aposentadoria. Previdência quebra, quebrou em muitos países".

O ministro também comentou sobre a reforma da Previdência, o ministro respondeu sobre o impacto das concessões a setores específicos na previsão inicial do governo. "A nossa avaliação é que o relatório, como está, ele equivale a gerar uma economia fiscal de cerca de 75% do que nós tínhamos previsto, o que é um número dentro das nossas expectativas".

Preocupações políticas

O ministro rejeitou o burburinho sobre turbulências no cenário político impactando a retomada do crescimento da confiança na economia. "O índice de confiança não entra nesse questionamento. Ele mede o nível onde, de um lado consumidores, de outro lado empresários, têm de que a economia vai se recuperar, e não medindo preocupações políticas."

Sobre a articulação do governo para que a reforma da Previdência seja aprovada no Congresso, Meirelles disse que "o debate é legítimo". "Isso tem que ser muito debatido mesmo, é normal."

Questionado por jornalistas se pretende se candidatar à presidência em 2018, Meirelles não confirmou.
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