Advogado conta como foi ser morador de rua

10/01/2017 09h01 - Atualizado em 11/01/2017 14h16

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Leandro Antunes Rocha diz qu sua vida tinha tudo para dar errado. Nascido em uma favela da capital paulista sem enxergar pelo olho esquerdo e com 50% da do olho direito, ele viveu em um vestiário, foi morador de rua e não se afundou no mundo das drogas porque não queria ser alcoólatra como o pai ou morrer pelo tráfico como os primos.

Hoje ele tem 33 anos, é advogado e presidente da Comissão de Direito das Pessoas com Deficiência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Araraquara (SP), conta que dois fatores foram fundamentais para que, por fim, tudo desse certo: uma maleta do patrão de sua mãe e o casamento. "Eu sabia que precisava de apenas uma chance", diz.

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Quando Rocha nasceu, em 16 de janeiro de 1983, sua família morava no Jardim dos Reis, uma favela na região do Capão Redondo. Sua mãe teve toxoplasmose na gravidez e ele nasceu com pouca visão e um problema no coração.

Oito meses depois do parto, seus pais se separaram e anos depois, quando os médicos diagnosticaram que sua mãe tinha problemas mentais, iniciou-se uma saga com diferentes endereços. Ele morou com a avó materna e uma tia e, aos 10 anos, decidiu que queria conhecer o pai, na época treinador de futebol em Itapecerica da Serra.

Apesar do trabalho, o pai não tinha dinheiro para pagar o aluguel e foi autorizado a levar a família para morar nos vestiários do estádio. "Um vestiário era cozinha e sala e o outro era o quarto. O bom era ter oito sanitários", brincou o advogado.

Mas conhecer o pai e conviver com a madrasta e quatro irmãos não foi suficiente. Ele queria uma atenção que não tinha. "Ele trabalhava muito e passava muito tempo no bar", recordou. Aos poucos, foi ficando horas e horas longe da casa/vestiário, parou de estudar e, prestes a completar 11 anos, foi morar na rua.

"De manhã, eu cuidava de carros em um supermercado. À noite, em um restaurante e dormia em uma casa abandonada. O garçom me dava comida, mas ninguém podia ver, então ele usava uma sacola limpa e colocava no lixo", relatou.

Rocha ia às feiras tentar ganhar gorjetas carregando sacolas e, às vezes, recebia ameaças. Passava o dia com outros garotos, mas à noite cada um se virava sozinho. "O medo era constante. Jogavam água e falavam que era gasolina".

Passaram-se 14 meses assim, até o dia em que sua avó descobriu, foi buscá-lo e levá-lo para morar com os tios, agricultores em Itaporanga.

Nos dois anos em que passou na cidade, completou a 7ª série e parou. A escola ficava distante, era penoso passar a manhã carpindo café e depois trocar a enxada pelo caderno. Decidiu que o estudo era um ponto no passado, certeza que só desmoronou quando conheceu a futura esposa.

Em 1998, o barraco em que a mãe de Rocha e sua irmã moravam foi demolido e elas se mudaram para um apartamento. Ele voltou para a capital para morar com elas, trabalhou como ajudante de pintor e de pedreiro e, aos 18 anos, saiu em busca de trabalhos formais.

Foi nessa época que ele conheceu Cássia David. Ela frequentava a mesma igreja que sua mãe e os dois se viram em uma festa. Após um ano e quatro meses de namoro e noivado, os dois decidiram se casar e, sem dinheiro, ele resolveu pedir uma promoção. "Era porteiro. Um dia, parei o diretor no elevador e disse que precisava de um cargo melhor porque estava prestes a me casar. Veio assim a vaga de mensageiro", contou.

"A força de vontade interior e a positividade me encantaram. Ele é tão positivo que acaba dando certo e, quando não dá, diz que é porque vai vir uma coisa melhor", informa Cássia. "É o homem da minha vida".

Foi para Cássia que ele informou sobre a maleta. "Quando tinha 7 anos, minha mãe fazia faxina na casa de um advogado. Ele jogou fora uma maleta e a gente não tinha dinheiro para comprar mochila. A maleta foi minha mochila e decidi que queria ser advogado. Contei para minha esposa essa história e ela me incentivou a voltar a estudar".

Concluído o ensino médio, ele iniciou as aulas na universidade mais próxima da casa do sogro, onde morava com Cássia e os filhos. "Todo fim de ano mudava de universidade para fugir do aumento da matrícula", lembrou. E em nenhuma delas havia qualquer adaptação para a deficiência.

"Me formei sem nunca enxergar uma lousa", disse Rocha, que se valeu da atenção que prestava nas aulas e do estudo depois que as crianças iam para a cama. "Preciso ler muito perto do livro e tinha aquelas piadas, 'vai comer a página'. Preferia estudar em casa".

Nos primeiros anos da faculdade, Rocha era cobrador de ônibus. Assustado com a violência em São Paulo e considerando que teria maior tranquilidade o interior, Nathan, diagnosticado com síndrome de Asperger, e Lavínia, pesquisou algumas cidades e escolheu se mudar para Araraquara.

Na cidade, trabalhou como estagiário da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo e em um escritório. Cássia complementava a renda fazendo faxinas, bolos e artesanato, e o dinheiro era curto.

"Um dia, estava sem comer e não tinha 1 centavo. Passei no escritório de um amigo e peguei dois sachês de açúcar, aí consegui ir fazer prova".

Quando veio o exame da Ordem, a família não tinha condições de arcar com um cursinho. Ele foi aprovado estudando de madrugada e assistindo a vídeo-aulas no YouTube. Dono do próprio escritório e bolsista de um curso de MBA da Universidade de São Paulo (USP), ele agora conta sua trajetória em palestras e está escrevendo um livro com Cássia.

"Eu acordava e pensava: ‘Preciso de apenas uma chance, preciso de uma chance’. Essa chance foi o casamento. A maleta construiu o sonho e o casamento foi o impulso. Ela foi a pessoa que mais acreditou em mim".

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Concurso INSS: Edital com 9.229 vagas é aprovado

Os candidatos que pretendem prestar o concurso INSS já devem começar a se preparar.

Um novo Concurso INSS com 9.229 vagas foi aprovado durante votação da Proposta Orçamentária da Previdência Social para o exercício de 2024, conforme resolução CNPS/MPS N. 1.354 publicada no Diário Oficial da União.

A expectativa é de que o processo seletivo seja realizado no primeiro semestre de 2024.

As 9.229 vagas citadas no documento se dividem entre os seguintes cargos:

Técnico do Seguro Social: 5.819 vagas de Nível Médio.

Analista do Seguro Social: 1.836 vagas de Nível Superior.

Perito Médico Federal: 1.574 vagas.

As vagas serão distribuídas para todo o Brasil, conforme a necessidade do órgão.

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A remuneração inicial para o cargo de nível médio é atualmente de R$ 6.169,93, incluindo o auxílio-alimentação de R$ 658. Já para os analistas, o valor inicial é de R$ 9.767,20, com a mesma carga horária de 40 horas semanais.

O regime de contratação do INSS é o estatuário, ou seja, garante estabilidade, o servidor só poderá ser demitido se cometer alguma falta grave.

É necessário ter idade mínima de 18 anos completos na data da posse. Não há exigência de idade máxima.

Confira 6 motivos para participar do concurso INSS.

1 - Possibilidade de ascensão:
Os salários dos servidores aumentam conforme as progressões na carreira.

2 - Estabilidade:
O regime estatutário garante a estabilidade financeira e empregatícia.

4 - Qualidade de vida:
Devido a estabilidade garantida pelo regime estatutário, as ótimas remunerações com possibilidades de progressões e as jornadas de trabalho de 40 horas semanais, os contratados pelo órgão após aprovação no concurso público poderão contar com uma excelente qualidade de vida.

5 - Oportunidades para todo o Brasil:
As provas do concurso INSS serão aplicadas por todo o país, de maneira que os concurseiros das mais diversas regiões poderão realizar as avaliações.

6 - Ampla oferta de vagas:
O concurso conta com uma grande oferta de 9.229 vagas.

As inscrições do concurso INSS ainda não foram abertas. A expectativa é de que o processo seletivo seja realizado no primeiro semestre de 2024.

Não importa se essa é sua primeira vez no mundo dos concursos, a chance de pelo menos uma vaga entre 9.229 oportunidades disponibilizadas existe e você pode garantir uma delas.

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