A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) começou os procedimentos para nomear os candidatos que foram aprovados no concurso realizado pela instituição. Na última segunda-feira, dia 27, foram enviados ao Ministério da Saúde os documentos exigidos.
De acordo com a Fiocruz, a próxima etapa envolve a entrega dessa documentação ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), que é o órgão responsável pela autorização das nomeações.
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Na próxima semana, Juliano Lima, diretor-executivo da Fiocruz, estará em Brasília para discutir a questão com representantes dos órgãos competentes.
O concurso da Fiocruz foi homologado em dezembro de 2024 e tem validade de um ano. Durante esse período, a Fundação poderá efetuar as nomeações, desde que tenha a aprovação do MGI.
Foram disponibilizadas 300 vagas de nível superior para os cargos de Analista de Gestão em Saúde, Tecnologista em Saúde Pública e Pesquisador em Saúde Pública.
Aprovados serão alocados em diversas cidades
Os candidatos aprovados serão designados para as seguintes localidades:
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Analista: Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Porto Velho, Rio de Janeiro, Recife e Salvador;
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Tecnologista: Belo Horizonte, Curitiba, Manaus, Recife, Rio de Janeiro e Salvador;
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Pesquisador: Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Manaus, Porto Velho, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e Teresina.
Os concorrentes às vagas de analista e tecnologista foram submetidos a provas objetivas e discursivas. Já para a função de pesquisador, a avaliação dos candidatos foi feita por meio de provas discursivas, além de análise de títulos, avaliação prática, apresentação de aula e defesa de projeto profissional.
Reestruturação de carreira para os aprovados no concurso Fiocruz
Conforme o edital do concurso, os aprovados terão um salário inicial de R$8.221,69, que inclui um vencimento base de R$5.735,29, uma Gratificação de Desempenho (GDACTSP) de R$1.486,40 (80 pontos) e um auxílio-alimentação de R$1.000.
Entretanto, em 2024, o Governo Federal firmou um acordo que prevê a reestruturação das carreiras na Fundação Oswaldo Cruz, beneficiando os candidatos aprovados no concurso.
Essa reestruturação incluirá diversos cargos, como pesquisador, analista, tecnologista, assistente técnico, técnico em saúde pública, além do cargo de especialista em ciência, tecnologia e inovação em saúde pública, e outras funções de níveis superior e médio.
A implementação da reestruturação será feita em duas fases: em janeiro de 2025 e em abril de 2026.
Segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz, haverá um aumento de 77% no vencimento básico e de 23% na Gratificação de Desempenho para os cargos de nível superior, e um aumento de 80% no vencimento básico e de 20% na Gratificação de Desempenho para os de nível médio.
Além das novas faixas salariais, o acordo também prevê a ampliação da tabela de remuneração e a criação de um Grupo de Trabalho em 2025 para aprimorar o Plano de Carreiras e Cargos em Ciência, Tecnologia, Produção e Inovação em Saúde Pública da Fiocruz.
Novo concurso com 600 vagas é solicitado pela Fiocruz
Além do edital que foi publicado em 2023, a Fiocruz solicitou a autorização para a realização de um novo concurso público, que visa preencher 600 vagas.
Segundo a solicitação feita ao Ministério da Gestão e da Inovação (MGI), as vagas estão distribuídas da seguinte forma:
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Técnico em saúde pública: 100 vagas;
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Pesquisador em saúde pública: 200 vagas;
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Tecnologista em saúde pública: 180 vagas;
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Analista de gestão em saúde: 70 vagas;
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Especialista em C&T, produção e inovação em saúde pública: 50 vagas.
Os requisitos para essas carreiras incluem formação de nível médio e superior.
A Fiocruz enfatizou que, embora já tenha um edital autorizado para 300 vagas, esse número é insuficiente em relação à demanda da instituição.
O presidente da Fiocruz, Mario Moreira, expressou a expectativa de que novos editais sejam lançados anualmente.
Ele afirmou que, nos próximos três anos de governo, mais editais devem ser publicados para o recrutamento de novos servidores. Moreira destacou que, embora as 300 vagas sejam significativas, o déficit real é muito maior.
"É a primeira vez, após sete anos, que a Fiocruz volta a contratar profissionais por meio de concurso público (...) E mais relevante que o número de vagas é a negociação com o Governo Federal, que possibilitará à Fiocruz realizar novos concursos públicos anualmente durante este governo".
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