A Região Metropolitana de Campinas (RMC) terminou outubro com um negativo de 799 postos de formais de trabalho, de acordo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A pesquisa do Ministério do Trabalho e Emprego aponta que, em outubro, houveram 25,7 mil contratações, contra 26,5 mil demissões.
As três cidades que mais tiveram perdas neste período avaliado, informou o governo, foram Campinas (-404), Santa Bárbara d'Oeste (-229) e Vinhedo (-157). Por outro lado, os balanços mais positivos foram registrados em Monte Mor (107), Holambra (104) e Valinhos (84).
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Em relação ao acumulado desde janeiro, a RMC perdeu 16,9 mil vagas. Ao todo, houve 285,4 mil admissões, contra 302,4 mil desligamentos. Os municípios com saldos mais negativos são Campinas (-11,4 mil), Americana (- 1,9 mil) e Itatiba (-1,4 mil); enquanto os melhores resultados são de Santa Bárbara d'Oeste (472), Engenheiro Coelho (246) e Santo Antônio de Posse (212).
Impactos
"Esse quadro é a face mais nefasta da crise e representa, de fato, quanto o trabalhador acaba impactado. Não somente quem perdeu emprego, mas também para quem continua. Afinal, esse exército de mão de obra disponível tende a puxar a remuneração daqueles que trabalham para baixo", diz o economista e professor da PUC-Campinas Roberto Brito de Carvalho.
Ainda de acordo com ele, as projeções para o cenário econômico de 2017 são pouco otimistas. "As melhores expectativas são de um crescimento de 0,5% numa base econômica muito ruim, que é a deste ano. A tendência é de que não haja geração de postos de trabalho, mas esperamos não perder postos em 2017. Entretanto, as pessoas vão continuar sendo demitidas, porque haverá possibilidade das empresas contratarem mão de obra mais barata. Isso demonstra preocupação com queda contínua da renda [...] É um fragilizador do emprego", explica.
Divisão por setores
Na maior cidade da região, o setor que mais concentra demissões é o de serviços. Em dez meses, Campinas teve 64, 2 mil contratações, ante 70, 1 mil desligamentos, portanto, resultado que pode ser interpretado com 5,9 mil postos de trabalho a menos. Na sequência, as duas áreas com piores resultados são comércio, com 3,3 mil vagas a menos; e construção civil, que perdeu 1,5 mil.
Carvalho anuncia que as perdas em serviços e comércios estão atreladas ao enfraquecimento da atividade industrial. Além disso, diz que é preocupante o resultado das construção civil.
"Ele deve sofrer consequências de uma sociedade com renda menor. Não só na impossibilidade da compra dos novos imóveis que poderiam gerar empregos, mas também da volta de imóveis ao mercado, cujos mutuários não conseguem pagar os empréstimos. A situação deve implicar em inadimplência. A dívida será executada judicialmente e os imóveis voltam ao mercado por leilão, impedindo a aquisição de novos e provocando desvalorização do mercado existente, semelhante ao que foi a crise em 2008 nos Estados Unidos", avalia o economista.
Segundo o governo, no país todo houve 74,7 mil demissões a mais do que contratações em outubro. Este foi o 19º mês seguido com fechamento de vagas formais.
O último período em que foram contabilizadas mais contratações do que desmissões foi em março do ano passado, quando foram criados 19,2 mil postos de trabalho.
As demissões ocorrem em cenário de recessão da economia. Em 2016 passado, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil caiu 3,8% e, neste ano, a previsão do governo federal é de uma redução de 3,5%.
Acumulado do ano
Considerando-se o período acumulado, as demissões superam as contratações em 751,8 mil vagas formais, segundo o Ministério do Trabalho. Neste caso, também houve melhora em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram fechadas 818,9 mil postos com carteira assinada, pior resultado para os dez primeiros meses do ano desde início da série histórica divulgada pela União, em 2002.
O emprego nos dez primeiros meses de 2016 e do ano passado foram alterados para incorporar as informações fornecidas pelas empresas fora do prazo nos meses de janeiro a setembro. Os dados de setembro ainda são considerados sem ajuste.
As estatísticas do Ministério do Trabalho mostram também que, nos últimos 12 meses até outubro, houve 1,5 milhão de demissões de trabalhadores com carteira assinada.
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